Se você já observou de perto um relógio com números romanos, pode ter notado algo curioso: o número 4 geralmente é representado como IIII em vez de IV. Essa escolha desperta a curiosidade de muitas pessoas e levanta uma pergunta interessante sobre tradição, estética e história. Afinal, se o sistema romano reconhece "IV" como a forma correta de representar o número quatro, por que tantos mostradores optam por “IIII"?
Essa pequena diferença, perceptível também em relógios minimalistas, não é um erro, mas sim uma decisão cuidadosamente pensada. Portanto, no post de hoje vamos explorar sete motivos que ajudam a entender essa escolha, misturando história, design e curiosidades fascinantes sobre o mundo dos relógios.
1. Equilíbrio visual no mostrador
Um dos principais motivos para o uso do IIII em vez do IV está relacionado à estética e ao equilíbrio visual. Em um relógio analógico, os números romanos são distribuídos ao redor do mostrador de maneira circular. Quando o número 4 é escrito como IIII, ele contém o mesmo número de caracteres que o número 8 (VIII), que aparece no lado oposto do relógio.
Essa simetria cria uma sensação de harmonia, algo essencial em designs mais limpos, como os dos relógios minimalistas. Sendo assim, o uso do IIII ajuda a equilibrar o peso visual entre os dois lados do mostrador, proporcionando um layout mais uniforme e agradável aos olhos.
2. Tradição herdada dos relógios antigos
O uso do IIII também é uma herança histórica. Relógios mecânicos começaram a ser produzidos na Europa por volta do século XIV, e muitos dos primeiros modelos já traziam o número quatro escrito dessa forma. Com o passar do tempo, esse padrão foi mantido por diversos relojoeiros, tornando-se uma espécie de tradição na indústria.
Portanto, mesmo com a evolução dos estilos e materiais, essa escolha permaneceu como uma marca registrada dos relógios clássicos. E como o design minimalista costuma valorizar a simplicidade com um toque de tradição, o IIII continua presente mesmo nos modelos mais modernos.
3. Facilidade de leitura
Outro motivo prático para essa escolha é a facilidade de leitura. Para muitas pessoas, o número IIII é mais fácil de identificar rapidamente do que IV, especialmente em relógios pequenos ou com ponteiros mais espessos. Afinal, quatro símbolos iguais são imediatamente reconhecíveis, sem a necessidade de interpretar a subtração usada na forma IV.
Em relógios minimalistas, que geralmente prezam pela funcionalidade e leitura intuitiva, esse detalhe pode fazer toda a diferença. O uso do IIII contribui para uma experiência de leitura mais fluida e natural, sem confundir o usuário.
4. Uniformidade na contagem
Se olharmos os primeiros números romanos no mostrador de um relógio, temos: I, II, III e depois... IIII. Isso cria uma sequência lógica e uniforme de símbolos repetidos, que segue um padrão até o número 4. Já o número 5 (V) introduz um novo símbolo, marcando uma mudança clara na contagem.
Essa progressão ajuda o cérebro a identificar facilmente os números e sua posição, tornando o mostrador mais intuitivo. Portanto, do ponto de vista da clareza visual e cognitiva, manter o IIII faz bastante sentido.
5. Evitar a confusão com o deus romano Júpiter
Uma explicação curiosa, vinda da mitologia romana, diz que o uso de IV era evitado por representar as iniciais de Júpiter (em latim: IVPPITER). Na Roma Antiga, o nome dos deuses era sagrado, e usá-lo em objetos comuns, como relógios, poderia ser considerado uma ofensa.
Embora essa teoria não tenha comprovação definitiva, ela se tornou uma explicação popular para justificar o uso do IIII ao invés do IV. Mesmo que o tempo tenha passado, essa crença pode ter influenciado os primeiros designs e se mantido como tradição.
6. Padronização na produção
Durante a Revolução Industrial, com a fabricação em massa de relógios, a padronização era essencial. Produzir mostradores com o número 4 escrito como IIII simplificava o processo de moldagem dos caracteres, pois bastava repetir o símbolo "I" quatro vezes, sem necessidade de moldes diferentes para "V" ou "IV" naquela posição específica.
Essa padronização reduzia custos e facilitava a produção em larga escala. Com o tempo, essa prática se manteve mesmo com o avanço das técnicas de fabricação, sendo adotada também por marcas que valorizam o design limpo e padronizado, como nos relógios minimalistas.
7. Escolha estética e identidade da marca
Por fim, muitos designers e fabricantes simplesmente acham o IIII mais bonito. O número IV, com sua combinação de símbolos, pode parecer “quebrar” a fluidez do design. Já o IIII, com seus traços retos e repetidos, se encaixa melhor no estilo equilibrado, simples e elegante que muitos relógios desejam transmitir.
Em resumo, o uso do IIII em vez de IV nos relógios vai muito além de uma simples variação. Trata-se de uma escolha que une tradição, estética e funcionalidade. Seja por simetria visual, clareza na leitura ou respeito histórico, essa peculiaridade continua viva.
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